TRABALHADORES DA METALSA REJEITAM PROPOSTA DE BANCO DE HORAS
Os trabalhadores da Metalsa, em Campo Largo, rejeitaram, nesta terça-feira (10), a proposta da empresa de implantação de um banco de horas. Em votação, 65 metalúrgicos rejeitaram a medida, contra 35 favoráveis ao acordo proposto pela empresa.
Em plena crise, e com um volume de produção oscilante, a proposta, segundo a empresa, seria uma forma de propor um acordo e assim, garantir postos de trabalho. Em outubro, foi homologada a adesão da Caterpillar ao PPE (Plano de Proteção ao Emprego). De carona, outras montadoras da região de Curitiba também aderiram ao programa para tentar evitar mais demissões.
Com a proposta em mãos, o Sindimovec orientou sobre a votação e o teor do acordo caso fosse aprovado. A Metalsa tem hoje, 118 trabalhadores na produção de chassis de caminhões e ônibus para a Volvo e DAFF. Se a principal cliente (Volvo) diminui os pedidos, a empresa campolarguense sofre as consequências. “A intenção da Metalsa foi criar o banco de horas para dar uma oportunidade maior a ela, tendo em vista essa oscilação na produção e a quase uma ‘exclusividade’ que a empresa tem na produção de chassis para a Volvo. Isso faz com que ela se torne uma refém da Volvo e que os trabalhadores aqui também se tornem refém. Infelizmente, quem acaba pagando o pato da crise e de toda essa situação é o trabalhador”, disse Adriano Carlesso, presidente do Sindimovec.
A proposta rejeitada considera o pagamento de R$ 1,2 mil ao trabalhador em caso de demissão por redução de quadro; desconto de 50% nas horas individuais em 2015; pagamento das horas extras feitas até agora, bem como o perdão de saldo negativo depois do término do contrato com vigência entre novembro de 2015 a fevereiro de 2016, podendo ser prorrogado até 2017. Ainda pela proposta, domingos e feriados não contariam como banco de horas.
A rejeição à proposta apresentada em assembleia será encaminhada pelo Sindimovec à Metalsa.