Presidente do México decreta fim do “modelo neoliberal” no país

Andrés Manuel López Obrador anunciou os eixos que orientarão as políticas de seu governo durante os próximos seis anos


O líder progressista do partido Morena, Andrés Manuel López Obrador (AMLO), tomou posse em dezembro de 2018 / Foto: Ulises Ruiz/AFP

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador (AMLO), do partido Morena, desponta como um líder progressista no mundo. Ontem (17), durante evento realizado no Palácio Nacional, chamado Fórum Planejando Juntos a Transformação do México, no qual foram discutidas as bases do Plano Nacional de Desenvolvimento de seu governo, o mandatário indicou onze eixos que vão orientar as políticas públicas do país, que vão desde a igualdade de gênero, passando pela priorização da população mais pobre, até o combate à migração forçada.

Segundo López Obrador, entre as concepções que serão combatidas no seu governo, está a ideia de que o mercado substitui o Estado. Para ele, a função central do Estado deve ser melhorar as condições de vida e de trabalho da população.

“Esta foi uma lorota para impor a política neoliberal. É uma falácia. O Estado não está diluído em nenhuma parte do mundo, nem na China nem nos Estados Unidos. Só esses tecnocratas sem noção acreditaram que o Estado não era necessário, só o utilizaram para recuperar o sistema financeiro falido”, declarou.

Obrador declarou “o fim da política neoliberal” no país, considerada por ele como um “pesadelo”. “Ficam abolidas duas coisas: o modelo neoliberal e sua política de roubo antipopular e entreguista”, assegurou com veemência.

Salário Mínimo no México: maior em 25 anos

Em janeiro deste ano, a ministra do Trabalho do atual governo de Obrador, Luisa Maria Alcalde, anunciou o aumento do salário mínimo, que se tornou o maior do país em 25 anos. Na ocasião, o governo afirmou que a decisão fazia parte da nova política salarial do país, que tem como objetivo  garantir uma melhor distribuição das riquezas para o povo.

*Com informações do jornal mexicano La Jornada.

Edição: Luiza Mançano / via Brasil de Fato (edição: Regis Luís Cardoso – Sindimovec).

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