O grande projeto para detonar o trabalhador e a CLT
Sai outubro, entra novembro e, ao que tudo indica, o fim do ano terá mesmo um gosto amargo para a classe trabalhadora. A aprovação da PEC 241 pelo Congresso, dá o tom do ainda vem pela frente no Senado. Um cenário desolador, sombrio. O CLASSE T traz nessa edição, nossa visão sobre o desastre que a PEC trará para o desenvolvimento do País e das próximas gerações. Em resumo, o “andar de baixo”, nota-se o povo, anseia ardentemente por um governo que deveria enfrentar a crise fiscal com medidas pró-crescimento econômico e uma cobrança maior de impostos dos ricos. O que se vê é o oposto disso, porque o modelo tributário brasileiro é um “paraíso” para eles. E quem dera estivéssemos falando apenas dela, da PEC 241. O grande projeto para detonar de vez a CLT e os direitos sociais, segue aguerrido. Engana-se, quem pensa que Michel Temer e sua trupe, esqueceram-se dos benefícios que a Terceirização trará para o “andar de cima”, onde tudo acontece numa rapidez admirável quando o interesse não é o nosso. Vale tudo, desde que se alcance os objetivos do plano maquiavélico: “escravizar, mutilar e matar”: a esperança do povo. O patronato e seus representantes, inclusive no Poder Judiciário, estão muito bem articulados para impor retrocesso sem precedentes. Um exemplo: nem bem o Supremo Tribunal Federal rejeitou a desaposentação mês passado, o governo golpista quer avançar ainda mais sobre os vencimentos dos aposentados, propondo descontar INSS dos seus proventos. Ou seja, o cidadão colaborou a vida toda pensando garantir seu direito e, mesmo depois de aposentar, vai continuar contribuindo? É uma sucessão de disparates sem limites! Enquanto a classe dominante dita as regras da desgraceira, a luta, o nosso trabalho de base não pode parar. Por isso, nossos dirigentes foram em busca de soluções e propostas para o enfrentamento desse “trator” que está aniquilando as relações de trabalho. Eles participaram de um seminário jurídico da NCST/PR, em Foz do Iguaçu, onde todas essas questões foram amplamente debatidas a fim de se traçar estratégias. Nesta edição, também vamos falar sobre o que seria um alento para o bolso do trabalhador: receber aquela correção do FGTS oriundas das perdas nos saldos. Você vai saber como está essa história. Sabia que ainda há tempo de ingressar em ação coletiva para garantir esse direito?