Nota da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT sobre o 1° de Maio

“Nesse 1° de Maio, as Federações e Sindicatos metalúrgicos da CUT se reunirão virtualmente para referendar nossa luta por Solidariedade, Emprego, Renda, Saúde, Democracia e por Fora Bolsonaro!”, diz trecho do documento

Pela primeira vez, em mais de 100 anos, os (as) trabalhadores (as) não celebrarão o 1° de Maio no seu habitat natural, nas ruas. Desde o golpe de 2016 a classe trabalhadora vem sofrendo com a imposição de um projeto político que perdeu nas urnas e que só poderia ser aplicado a partir de um golpe.

Diante desse cenário, nesse 1° de Maio, as Federações e Sindicatos metalúrgicos da CUT se reunirão virtualmente para referendar a luta por Solidariedade, Emprego, Renda, Saúde, Democracia e por Fora Bolsonaro!

Brasil 2020

O projeto do atual Governo Federal pune os trabalhadores e beneficia o capital financeiro. Resultado disso, nesse momento de pandemia provocada pelo novo coronavírus, são trabalhadores expostos ao Covid-19.

Na contramão do mundo e diante de uma crise sanitária sem precedentes na história, o executivo federal não fortalece as relações de trabalho e sindicais, deixando assim de proteger a maioria da população durante a pandemia. Para piorar, Bolsonaro tenta acabar com os direitos sociais e trabalhistas do povo.

A verdade é que hoje a classe trabalhadora é impedida de cumprir o isolamento e contribuir com o controle da proliferação do vírus. Devido à ausência de políticas públicas que garantam o emprego e a renda, além da pressão de um discurso ideológico voltado à economia, muitas famílias serão atingidas.

=> 1° de Maio, as Federações e Sindicatos metalúrgicos da CUT se reunirão virtualmente para referendar nossa luta por Solidariedade, Emprego, Renda, Saúde, Democracia e por Fora Bolsonaro!

:: Estaremos por todo o Brasil organizando ações de solidariedade voltadas às redes de apoio aos (as) trabalhadores (as) formais e informais, com produção e distribuição de kits de higiene (mascaras e álcool em gel) e cestas básicas;

:: Para energizar e inspirar cada trabalhador e trabalhadora nesse momento de insegurança, também estamos organizando programações culturais online.

=> Vamos denunciar e exigir, através de panelaços e ações pela internet, os seguintes pontos:

:: Denunciar o governo federal que quer flexibilizar a quarentena, indo na contramão das determinações da Organização Mundial da Saúde;

:: Exigir que o governo Bolsonaro pague imediatamente os auxílios emergenciais que foram aprovados na Câmara e no Senado, conquistado a partir da articulação política da CUT e dos demais movimentos sociais. Ressaltar que o auxílio só chegou aos valores de R$ 600, ou R$ 1200, por luta nossa, pois Bolsonaro queria pagar apenas R$200;

:: Denunciar a avalanche de MPs 927, 928, 936, 944 e 946 e o PL nº 13.982, que basicamente flexibilizam e precarizam ainda mais as relações de trabalho, excluindo os Sindicatos das negociações e o pior, sem a garantia de manutenção dos empregos! Nós da CNM/CUT junto com nossas bases seremos protagonista para impedir que a MP 936 seja implantada no formato que o governo e empresários querem;

:: Exigir que medidas sanitárias sejam cumpridas com excelência, caso se exija a volta a produção. No entanto, reiteramos a nossa luta pela quarentena, para que o exercício do trabalho presencial seja realizado apenas em locais essenciais;

:: A CNM/CUT continuará a incentivar o tema da Indústria Reversa, como política de realinhamento do papel da Indústria Nacional enquanto aliada no enfrentamento da crise sanitária e como alternativa para a manutenção dos empregos;

:: A CNM/CUT intensificará o diálogo internacional com as filiadas da IndustriALL, em especial na América Latina, onde compartilhamos realidades socioeconômicas similares, com o objetivo de construir ações globais, em defesa da saúde, do emprego e da renda dos trabalhadores e trabalhadoras;

:: A CNM/CUT junto com suas bases vê uma oportunidade de repensar a produção e a organização nos locais de trabalho, com mais garantias de defesa a vida, principalmente nesse momento de proteção a pandemia do Covid19.

Via Confederação Nacional dos (as) metalúrgicos (as) da CUT – CNM/CUT.