EXPORTAÇÕES DE VEÍCULOS SEGUEM EM EXPANSÃO
As exportações de veículos permaneceram em junho como o único índice positivo registrado pelas montadoras, que enfrentam queda na produção e nas vendas ao mercado interno. Os negócios com outros países cresceram 17,9% na comparação com maio e expressivos 96,8% sobre junho de 2014, para 48 mil veículos exportados. Os dados foram divulgados pela Anfavea, associação dos fabricantes do setor.
No acumulado dos seis primeiros meses do ano as vendas a outros mercados somaram 197,3 mil unidades, com alta de 16,6%. A entidade credita a boa performance aos acordos comerciais estabelecidos ou revisados recentemente. Como exemplo, Luiz Moan, presidente da associação, cita o crescimento de 70% nas vendas ao México. Além disso ele garante que a indústria local tem obtido bons resultados com a Argentina e com o Peru. “Em breve devemos fechar outros acordos importantes”, destaca sem dar detalhes.
Outro fator que impulsionou as exportações de veículos brasileiros é a desvalorização do real, que torna os carros nacionais mais baratos em outros países. “Essa nova relação cambial nos devolve alguma condição de competir no mercado internacional”, aponta Moan.
O resultado, no entanto, foi negativo em valor, com US$ 5,54 bilhões em faturamento com exportações de janeiro a junho, montante 7,4% inferior ao do mesmo período do ano passado. Em junho as receitas obtidas com vendas internacionais chegaram a 1,01 bilhão, 19,7% menor do que o resultado de maio e 20,1% superior do de junho do ano anterior. A Anfavea explica que a diferença é reflexo do mix de produtos, com volume menor de itens com maior valor unitário, como caminhões e máquinas agrícolas.
Progama Nacional de Exportações
Moan comemorou a definição do Plano Nacional de Exportações, anunciado no fim de junho (leia aqui). “O projeto está correto e mostra um bom caminho, Cabe a nós trabalhar dentro deste cenário”, aponta. Segundo ele, o setor automotivo já tem feito esforço grande para elevar o patamar de exportações ao buscar novos acordos comerciais. Há necessidade de estabelecer novas parcerias além das já estruturadas com México e Argentina. Entre os alvos estão a União Europeia e até mesmo os Estados Unidos. (Fonte: Automotive Business)