ESTRADA DO CERNE COMPLETA 75 ANOS
Inaugurada em 13 de setembro de 1940, a Estrada do Cerne (PR-090) está completando 75 anos. Há um interessante vídeo, produzido pela TV Sinal (canal de televisão da Assembleia Legislativa do Paraná), mostrando sua construção e inauguração. No vídeo, de grande importância histórica e cultural para nossa região, aparecem pessoas conhecidas dos campo-larguenses, como o historiador Aldir Buiar (autor de dois livros sobre a história dos distritos de Três Córregos e de São Silvestre), os moradores da região Antonio Adad e dona Margarida Machado (mãe do historiador e filósofo João Silvado Machado e da professora Rita do Rocio Machado Ferreira – ex-diretora da Escola Municipal Luiza Gonçalves Monteiro, de Bateias) e a matriarca da família Madalosso, do Restaurante Madalosso, em Santa Felicidade.
Vale a pena conferir:
https://www.youtube.com/watch?t=32&v=kBwwf1IsJLQ
Estrada do Cerne: 460,2 km de história
A Rodovia PR-090 é uma estrada pertencente ao governo do Paraná que liga a cidade de Curitiba até a PR-170, em Alvorada do Sul, a aproximadamente 3 km da divisa com o Estado de São Paulo. Esta é uma das rodovias mais tradicionais do Estado, também conhecida como Rodovia do Cerne. É denominada Rodovia Engenheiro Angelo Ferrario Lopes (Decreto Estadual n° 5.546 de 18 de outubro de 1982).
História
A rodovia foi inaugurada em 13 de setembro de 1940, porém a execução da obra foi iniciada em 1935. Ela se constituiu num importante elo de integração entre o norte e o sul do Paraná. O nome de Rodovia do Cerne, provém do Rio Cerne, que corta a rodovia no km 35. Quando o trecho Santa Felicidade-Cerne foi concluído, foi determinada a liberação da rodovia ao tráfego. Durante vinte anos, foi o principal corredor de escoamento da produção cafeeira do norte do Estado, que a partir de sua construção passou a ser exportada prioritariamente pelo Porto de Paranaguá, ao invés do Porto de Santos (SP).
Os reflexos benéficos da rodovia na região de sua zona de influência foram imediatos. Três grandes empreendimentos industriais foram erguidos ao longo e nas imediações da nova estrada: a indústria de papel, a exploração em grande escala do carvão paranaense em Figueira e a usina de açúcar em Porecatu, que atraíram capitais paulistas sob o estímulo das facilidades criadas pelo Interventor Manoel Ribas. O Paraná passou a crescer como celeiro agrícola e tornou-se o maior exportador de café do Brasil, avançando também em seu processo de industrialização.
Rodovia do Café
No início dos anos 60, com a abertura da Rodovia do Café (BR-376), inteiramente asfaltada entre Ponta Grossa e Apucarana, o tráfego mais intenso deixou de lado a Estrada do Cerne, que começou a perder importância, juntamente com quase toda a região por ela servida. Além disso, o deslocamento da fronteira agrícola para além do Rio Tibagi provocou esvaziamento econômico e demográfico da área, que permaneceu quase estagnada.
No ano de 2006, o Governo do Estado anunciou um projeto para asfaltar todo o trecho inicial da rodovia, desde Curitiba até a PR-151, mas as obras foram apenas até o Rio do Cerne, no km 35, em Bateias.
A rodovia possui uma extensão total de aproximadamente 460,2 km.
Serviço:
Estrada do Cerne
Turismo e integração de Campo Largo