DISSÍDIO COLETIVO: FCA MANTÉM INTRANSIGÊNCIA E AUDIÊNCIA TERMINA SEM ACORDO

A audiência do Dissídio Coletivo entre a FCA-Campo Largo e o Sindimovec terminou sem acordo nesta quinta–feira, dia 18. A audiência ocorreu no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, em Curitiba, e foi presidida pelo Desembargador Cassio Colombo Filho, que conduziu a discussão das partes sobre o reajuste salarial dos trabalhadores da planta, bem como o PLR e o Vale Alimentação.

Durante a audiência, que durou pouco mais de duas horas, as partes expressaram suas ponderações sobre as razões do impasse negocial que se arrasta há mais de seis meses e, novamente, a empresa afirmou não existir nenhuma possibilidade de acordo.

A resistência da empresa em não avançar na proposta, causou espanto ao magistrado que presidiu a sessão. “Diante de uma diferença tão pequena, me soa como intransigência, nesse momento, inclusive, indesculpável da Fiat”, ponderou o desembargador do TRT.

A campanha salarial deste ano foi para dissídio depois que a empresa se recusou, inúmeras vezes, a negociar. O último episódio foi durante mesa redonda na SRT (Superintendência Regional do Trabalho), quando a empresa deixou claro que sequer manteria a proposta que já havia sido reprovada em assembleia, não deixando qualquer proposta em mesa de negociação, comprometendo o seguimento negocial.

Proposta do MPT

Durante a audiência, o Ministério Público do Trabalho apresentou proposta conciliatória, apoiada pelo próprio juízo, de reajuste salarial de 8,35% (considerando a média das pretensões das partes); PLR de R$ 5 mil, e Vale Alimentação de R$ 270,00. Todos os itens com pagamentos retroativos à data base da categoria (1º de março), a qual foi prontamente aceita pelo Sindimovec.

Em contrapartida, a Fiat se posicionou contrária à proposta e até mesmo à dilação de prazo para nova discussão.

Como não houve acordo na audiência de conciliação, o caso vai para julgamento, e o SINDIMOVEC solicitou perícia ao TRT na empresa, de forma a apurar se, realmente, a empresa teve alguma perda em Campo Largo que justifique a queda no PLR dos trabalhadores em termos financeiros, considerando PLR + ABONO, de R$ 8.400,00, em 2014, para R$ 6.928,00 em 2015 e R$ 4.500,00 em 2016.

A data do julgamento ainda não foi definida.

Clique aqui para visualizar a ATA da audiência.

Veja, na íntegra, o resultado da Audiência no vídeo abaixo!

 

 

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