Criação do Conselho do Trabalho “caminha a passos de formiga”

Adriano Carlesso, primeiro da esquerda para direita, durante a reunião do CET em Curitiba (28/06/2017) – Imprensa/Seju

Para presidente do Sindimovec, Adriano Carlesso, a estruturação do sistema público de emprego de Campo Largo ainda está distante. O dirigente sindical esteve em Curitiba no último dia 28 de junho e participou da reunião do Conselho Estadual do Trabalho representando a Nova Central Sindical (NCST)

O Conselho Estadual do Trabalho (CET) realizou, na quarta-feira (28), no Palácio das Araucárias, sua reunião ordinária onde apresentou o balanço da geração de emprego do primeiro semestre de 2017 no Paraná. Além disso, houve apresentação do Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho (Pro-PCD) e do trabalho de quem está cumprindo pena em regime semiaberto com o Departamento Penitenciário.

“Os projetos são muito importantes. É preciso que sejam estudados e implantados nos municípios do estado. Porém, direciono minha preocupação para Campo Largo, que ainda não tem um Conselho do Trabalho”, explica Adriano Carlesso.  O dirigente sindical acrescenta que o Sindimovec, assim como os demais sindicatos filiados a Nova Central Sindical (NCST), dialoga com a atual administração pública da cidade sobre o assunto desde o momento pré-eleitoral.

Aprimoramento

No fim de maio deste ano os dirigentes do Sindimovec Adriano Carlesso e Sidnei Iarek foram até Cascavel, Região Oeste do estado, participar de outra reunião do Conselho Estadual do Trabalho. Lá tiveram a oportunidade de fazer intercâmbio de conhecimento, além de se familiarizar com novos projetos relativos ao sistema público de emprego, onde as Agências do Trabalhador e os Conselhos Municipais atuam.

Os projetos promovidos pelos Conselhos, em parceria com as Agencias de Trabalhadores, têm excelentes resultados. De acordo com os dirigentes sindicais, Cascavel, por exemplo, tem um projeto voltado para qualificação e recolocação profissional, assim como para a formação de projetos sociais aos trabalhadores esquecidos pelo sistema, colaborando com o desenvolvimento da cidade.

Em Campo Largo a situação é diferente. “O Sindimovec já apresentou ao prefeito Marcelo Puppi um projeto para a estruturação do Sistema Público de Emprego na cidade, mas a evolução caminha a passos de formiga”, revela Adriano Carlesso.

Os números do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que Campo Largo, no ano de 2016, teve um total de admissões de 9.677 trabalhadores, para um total de demissões de 10.719. Houve uma variação negativa de -1.042.

2017

Ainda sobre a reunião em Curitiba, o Conselho Estadual do Trabalho (CET) apresentou aos conselheiros e técnicos o acumulado de 2017 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Especificamente sobre a Região Metropolitana de Curitiba, quase mil empregos com carteira assinada foram criados de janeiro a maio deste ano, única das regiões pesquisadas pelo Ministério do Trabalho que teve saldo positivo no período.

Os números do Caged mostram ainda que, no primeiro semestre deste ano, o saldo entre admissões e demissões foi de 969 empregos na RMC, o melhor resultado dos últimos três anos. No mesmo período do ano passado, o saldo na RMC havia sido negativo em 11.168 postos e em 2015 em 2.443 postos.

 

Por Regis Luís Cardoso.

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