Convênio Odontológico do Sindimovec atende pessoas com necessidades especiais

Sindicato tem consultório em sua sede e conta com profissionais especializados em diversas áreas. Confira a entrevista com a dentista Analigia Fernandes de Oliveira

Odontologia tem caráter social e no consultório do Sindimovec há profissional especializada no atendimento de pessoas com necessidades especiais. A dentista Analigia Fernandes de Oliveira que, ao lado dos profissionais Marion Brizoto e Jefferson Brizoto, trabalha na sede do Sindicato.

“Existem vários pacientes com necessidades especiais que as pessoas muitas vezes não sabem. O diabético crônico, o idoso, o paciente que já teve AVC, tem Parkinson, Alzheimer, o autista, as mulheres grávidas…” – Analigia Fernandes de Oliveira.

A conversa com Analigia, formada em Odontologia pela Universidade de São Paulo (USP – Campus Bauru – referência na área), mostra um lado mais social da odontologia. Especialista em Implantodontia, Cirurgia Plástica Periodontal e Periimplantar e concluindo Mestrado em Estomatologia, que trata das doenças da boca,  a profissional falou sobre seu carinho especial pela área:

“Na USP comecei a ter contato com tratamento de crianças com autismo e síndrome de down, isso despertou meu interesse. Naquele período não existia especialização e quando surgiu completou o que eu já fazia na prática. Também participei do Projeto Sorriso e do Faça uma Criança Sorrir, ambos em Curitiba” – Analigia.

São mais de 25 anos de formada e a chegada ao Sindicato para atender diretamente a classe trabalhadora completa toda essa construção social e humana que existe na odontologia.

Ela conta que a universidade foi importante para sua formação profissional, mas também humana: “foi nesse período que fiz parte de uma equipe que atendia pessoas carentes e crianças de baixa renda”.

Pacientes com Necessidades Especiais

“Atualmente há uma demanda por atendimento de pessoas com necessidade especial, inclusive temporária, como é o caso das mulheres grávidas”, explica. Acrescenta ainda que casos de doença gengival podem inclusive induzir ao parto prematuro.

Analigia conta que já atendeu autistas e quando há uma situação mais grave, em que pode acontecer uma convulsão, por exemplo, o trabalho é feito com o paciente medicado: “pessoas com casos mais severos, pânico e aspectos psiquiátricos a gente trata com sedação, sempre em parceria com médico anestesista. Aí o paciente dorme e fazemos tudo que tem pra fazer nesse período”.

Prevenção

Normalmente as pessoas procuram o dentista quando sentem uma dor aguda, mas o ideal, segundo a especialista, é fazer prevenção. Até porque um problema bucal pode atrapalhar no dia a dia. Um exemplo que a profissional sempre lembra é o caso do jogador Alexandre Pato, quando atuava pelo São Paulo Futebol Clube:  

“O Pato estava mais de seis meses entrando e saindo do departamento médico para tratar lesão na coxa, mas o problema dele foi resolvido no consultório odontológico. Isso porque ele estava com uma periodontite, uma infecção bucal de gengiva. Essas toxinas da boca iam para os músculos e ele permanecia com a lesão. A partir do momento que tratou a boca a lesão na coxa cessou” – Analigia.

A dentista explica que muitas vezes o paciente vai fazer uma limpeza bucal e descobre que está com outros problemas: “hoje 20% dos pacientes que têm diabetes descobre no consultório odontológico porque a gengiva não para de sangrar. Além disso, muitos pacientes com sífilis ou HIV têm os primeiros sintomas na região bucal”.

É comum a qualidade de vida das pessoas ficar comprometida por problema na bucal. As “dores de canal” tiram o sono, causam sonolência, são problemas que respondem no resto do corpo. Esse tipo de situação exige atenção, pois alguns sinais são alertas para que se busque um dentista.

Por exemplo: no caso da gengiva sangrar e frequentemente o fio dental ficar manchado de sangue, com um gosto metálico na boca, pode ser indício de infecção.

Já em relação a cárie a situação é mais complicada. De acordo com Analigia: “a pessoa sente a dor aguda quando já tem buraco. Toda vez que toma gelado ou quente e tem um excesso de sensibilidade pode ser início de um processo de cárie. Procure o dentista, é melhor que não seja nada do que passar por um tratamento longo que vai envolver canal ou prótese”.

Outra questão é o bruxismo, um transtorno em que a pessoa aperta, desliza ou bate os dentes principalmente durante o sono. É o dentista que faz esse diagnóstico:

“Já vi casos em que a pessoa está com dor no pescoço, no corpo, já trocou o colchão, travesseiro e nada melhora. Isso porque ela está com a musculatura da face e do pescoço toda travada e as vezes precisa de uma placa pra dormir. Já aconteceu de paciente ir ao neurologista e ele explicar que o problema não é na cabeça, mas sim na boca” – Analigia.

Convênio odontológico do Sindimovec

Atualmente no consultório do Sindicato é possível tratar canal, fazer limpeza, raspagem, restauração e cirurgia de extração, além do Raio X simples. Para Analigia uma entidade sindical ter essa estrutura é, além de importante, uma questão social: “Um sorriso pode ser a entrada para um emprego, melhorar a autoestima e a saúde física”.

Os atendimentos acontecem de segunda, quarta e quinta-feira (8h30 às 18h). Normalmente a duração é de uma hora:

“Não é um atendimento corrido. Dá pra tirar Raio X se necessário, nossos materiais disponíveis são de qualidade (desde resina até anestesia). Nem todo lugar tem isso disponível. Todos os profissionais têm mais de 20 anos de formação e são especialistas. Uma estrutura que comporta toda necessidade dos pacientes. O convênio é muito importante, porque existem muitos tratamentos que são caros e o Sindimovec consegue esse benefícios para os associados” – finaliza Analigia Fernandes de Oliveira.

Para mais informações sobre associação ao Sindimovec, agendamento de consulta odontológica e qualquer outra dúvida, converse conosco através dos números 41 3358-0813 e 41 99116-9085 (Whatsapp).

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