Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda definiu novo piso mínimo regional

Dirigente do Sindimovec, Adriano Carlesso (Nova Central Sindical), é vice-presidente do CETER e participou da construção dessa medida que beneficia a classe trabalhadora do Paraná

Na última sexta-sexta (17/01), na sede do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, o Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda (CETER), formado por representantes das centrais sindicais, do empresariado e do governo do estado, definiu o novo reajuste das faixas salariais do piso mínimo regional (*foto). Esta decisão atende aos interesses das categorias que não tem acordos ou convenções coletivas de trabalho ou que não possuem organização sindical. A resolução, com base na política de valorização do salário mínimo, será encaminhada para a sanção do governador do estado, Ratinho Junior.

No Paraná há quatro grupos que tiverem reajustes acima da inflação. Para o dirigente sindical, “esta importante definição é resultado de uma construção democrática. Agora, com base na política nacional de valorização do salário mínimo, implantada em 2023, mantivemos o mínimo do Paraná como o maior do país”, explica Adriano Carlesso.

*O CETER definiu as seguintes faixas salariais:*

GRUPO I

Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca

R$ 1.984,16 (reajuste de 6,85%, aumento real de 1,99%%)

GRUPO II

Trabalhadores de serviços administrativos, trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados e trabalhadores em reparação e manutenção

R$ 2.057,59 (reajuste de 6,78%, aumento real de 1,91%)

GRUPO III

Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais

R$ 2.123,42 (reajuste de 6,71%, aumento real de 1,85%)

GRUPO IV 

Técnicos de nível médio

R$ 2.275,36 (reajuste de 6,58%, aumento real de 1,73%)

“Mais uma vez conseguimos com muito esforço, manter os ganhos reais em todas as faixas salariais, até porque nós como representantes dos trabalhadores, buscamos sempre avançar nos valores a cada ano”, destacou o presidente do CETER, Paulo Pissinini.

Iniciativa das centrais sindicais e maior do Brasil

Proposta das Centrais Sindicais, o Piso Regional do Paraná foi instituído em 2006 pelo então governador Roberto Requião e desde então tem se mantido como o maior do país. É uma referência para as categorias que não tem acordos ou convenções coletivas de trabalho ou para categorias que não possuem organização sindical.

Conselho tripartite e paritário

Antes do mínimo regional chegar às mãos do governador do estado para sanção, ele passa por um longo debate através da visão dos 18 membros do CETER, sendo 6 representantes dos trabalhadores, 6 do empresariado e 6 do governo do estado. Essa atuação tripartite e paritária é a base principal do CETER, criado em 1994 e ligado à Secretaria Estadual do Trabalho. O CETER conta também com o assessoramento de 3 órgãos nas negociações a respeito da política de valorização dos pisos salariais. São eles: Superintendência Regional do Trabalho(SRTE-PR), Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social(Ipardes) e Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas(DIEESE).

*Fonte: Comunicação SMC (leia na íntegra). Edição: Sindimovec.

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