Acordos Coletivos
TRABALHADORES DA FIAT APROVAM PROPOSTA OFERECIDA PELA EMPRESA
Na tarde da última sexta-feira, dia 19/04/2013, às 18h, em assembleia realizada em frente ao portão da multinacional, os trabalhadores da FIAT, em Campo Largo, aprovaram a proposta oferecida pela empresa.
A negociação, que já durava quase trinta dias, estava longe para chegar ao seu final, por parte do sindicato, pelo menos, que almejava conseguir um reajuste de 10%, um aumento de 40% nos valores de PLR/ABONO, chegando a R$ 10.000,00 e um reajuste de 25% no Vale Alimentação, chegando a R$ 240,00, conforme média percentual de conquista na empresa Caterpillar, também representada pelo Sindimovec.
Para a surpresa do sindicato, mais de 60% dos presentes na assembleia votaram em favor da proposta da empresa.
A proposta aprovada foi a seguinte:
BANCO DE HORAS AOS SÁBADOS: 1 sábado trabalhado com utilização do banco de horas e, o outro, com pagamento de horas extraordinárias, independentemente de ser dentro do mesmo mês.
REAJUSTE: 9% até o teto de R$ 5.479,00. Salários com valores maiores terão a aplicação do valor fixo de R$ 493,11.
PLR + ABONO: aumento de R$ 7.100,00, do ano passado, para R$ 8.000,00, este ano, sendo feito adiantamento de R$ 5.500,00 no dia 30/04. Um reajuste de 12,67%, somente em relação ao ano anterior.
VALE ALIMENTAÇÃO: de R$ 190,00, para R$ 210,00. Reajuste de 10,52% somente, em relação ao ano anterior.
O Sindicato entende que a aprovação da proposta pelos trabalhadores deveu-se à estratégia de convencimento dos mesmos pela empresa que, além de passar vários vídeos e apresentações motivacionais aos seus colaboradores, não mediu esforços para convencê-los de que, se diferente fosse à negociação, a empresa não garantiria permanência em Campo Largo, visto que existe a construção de uma nova fábrica da FIAT em Pernambuco.
Outro fator relevante para a aprovação, segundo o sindicato, teria sido o grande número de trabalhadores demitidos no período de negociação em 2012, fato que teria os amedrontado de possíveis retaliações pós-negociação.
A situação, inclusive, levou o sindicato a mudar sua forma de votação da proposta, de “por aclamação, onde todos levantam a mão para aprovar, para “por escrutínio secreto”, onde os trabalhadores votam de forma secreta em uma cédula, como forma de preservar cada trabalhador”.
Mesmo assim, os trabalhadores preferiram aprovar a proposta da empresa, o que é uma perda para a categoria.