90% DOS NOVOS EMPREGOS CRIADOS NO PARANÁ SÃO NO INTERIOR
O Interior do Paraná puxou o ritmo de geração de emprego com carteira assinada no Paraná nos primeiros cinco meses do ano. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que os municípios do Interior registraram um saldo positivo de 20,3 mil vagas no período – o que representou mais de 90% do emprego criado no Estado. O resultado foi impulsionado pela agropecuária, com saldo de 3.175 vagas, e pelo setor de serviços, com 12.066 empregos.
“A descentralização dos investimentos, antes concentrados na Região Metropolitana de Curitiba e cidades próximas ao porto de Paranaguá, é, sem dúvida, o maior mérito do programa de industrialização em curso, alavancado pelo Paraná Competitivo”, afirma o governador Beto Richa.
“Nosso propósito não foi apenas atrair empresas e criar um ambiente propício aos negócios. Queríamos criar empregos em todas as regiões do Estado, interiorizar a instalação de novas indústrias e levar dinamismo econômico a municípios que antes viviam uma situação de estagnação”, acrescenta Richa. “Acredito que estamos atingindo nossos objetivos. O desenvolvimento econômico local é o melhor atalho para reduzir os desequilíbrios regionais”.
ANO A ANO – Há cinco anos, as cidades do interior respondiam, em média, por 60% do saldo de vagas no Paraná, mas desde então esse número cresce ano a ano. “O Interior vem respondendo por entre 85% e 95% do emprego com carteira assinada no Estado, demostrando o dinamismo da economia paranaense, além da Região Metropolitana de Curitiba” diz Francisco José Gouveia de Castro, diretor do centro estadual de estatística do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).
O vigor do agronegócio e o processo de industrialização – antes bastante concentrado na Região de Curitiba – têm colaborado para o crescimento do emprego nessas regiões.
Em 2015, o bom momento da agropecuária paranaense, embalada pela safra recorde de soja, pelo câmbio mais favorável às exportações e o aumento de produção nos frigoríficos têm aumentado a oferta de vagas.
No acumulado de janeiro a maio, o setor de abate e de produtos de carne foi o grande destaque da atividade agropecuária estadual, com um saldo de 4.648 vagas. Atividades de apoio à agricultura e à agropecuária acumulam um saldo de 2.146 vagas no acumulado do ano e o de fabricação e refino de açúcar somam 1.256.
Puxada por cidades com forte participação dos serviços na economia, como Londrina e Maringá, o Interior também teve bom resultado nesse setor. Os destaques foram os ramos de ensino, com saldo de empregados e desempregados de 3.249; comércio de administração de imóveis, com 2.203; serviços médicos e odontológicos, com 1.941, e serviços de transporte e comunicação, com 1.524.
De janeiro a maio, Londrina e Maringá foram as cidades que mais geraram empregos no período, com 2.456 e 2.325 respectivamente. Em terceiro lugar ficou Cascavel, com 2.040, e em quarto ficou Toledo, com 1501 vagas. O emprego no Interior tem ajudado a compensar a perda de fôlego na Região Metropolitana de Curitiba, impactada pela retração do setor industrial e da construção civil. A indústria de transformação instalada na região, como as montadoras de automóveis, de máquinas e equipamentos e de minerais não metálicos vêm sofrendo com a piora do cenário econômico no Brasil, com consumo em queda, juros e inflação em alta. (Fonte: Bem Paraná)