64% dos brasileiros acreditam que crise piorou depois do impeachment

Pesquisa realizada pelo Ibope para o governo federal aponta que, para 64% dos entrevistados, a crise econômica piorou depois do impeachment. O levantamento foi realizado em julho deste ano, mas foi publicada no site do governo apenas no dia 29 de setembro

Foram mais de duas mil pessoas, com 16 anos ou mais, de ambos os sexos, de todas as classes econômicas e residentes nas 27 unidades da Federação, que participaram do levantamento do Ibope. De acordo com a Secretaria de Comunicação, órgão que encomendou a pesquisa, o objeto foi “captar as percepções da população brasileira acerca do momento político e econômico do país, destacando a conjuntura de tensões que desenham o cenário de crise. Isso, no intuito de compreender a avaliação do Governo Federal”.

Sobre a situação econômica do país, 62% avalia que está pior que há seis meses e 23% aponta que está igual. Apesar disso, questionado sobre os próximos seis meses, 28% acredita que o país estará melhor em questão financeira, e 27% avalia que estará da mesma forma.

Outro dado é que 82% dos entrevistados sabem quem é o presidente – Michel Temer (PMDB), 46% tem opinião formada sobre seu desempenho na liderança do Executivo nacional e 90% avalia o desempenho do atual governo entre regular e péssimo. Ao serem questionados sobre a forma como as instituições e agentes públicos têm agido durante a crise política do país, 74% dos entrevistados indicaram desaprovar o governo federal.

A rejeição, no entanto, é mais baixa que a recusa dos entrevistados sobre o congresso. Cerca de 85% dos pesquisados afirmaram que rejeitam a forma como os senadores e deputados têm conduzido a política em época de crise. A polícia federal é a instituição com menor rejeição na lista, com 27% de desaprovação.

A insatisfação, porém, não é suficiente para mobilizar as pessoas. Ao falarem sobre quais seriam as medidas mais adequadas de manifestação, 62% dos entrevistaram apontaram “protestos de rua” e 61% indicaram “postagens nas redes sociais”. A questão permitia indicar “adequado” e “inadequado” para cada opção.

Porém, à pergunta sobre qual posição teriam “caso aconteçam manifestações de rua nos próximos dias”, apenas 26% afirmaram que pretendiam participar, e 67% disseram que “não pretendem participar”. Quer saber mais sobre o resultado da pesquisa domiciliar? Então clique aqui e confira na íntegra.

 

Por Alexsandro Ribeiro (Livre.Jor).

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