4º Congresso Nacional da Nova Central Sindical: “é impossível não sentir falta”
Durante três dias (26,27 e 28 de junho) dirigentes sindicais de praticamente todos os estados brasileiros estiveram em Luziânia (GO) debatendo o mundo do trabalho
Formação teórica, análise do atual contexto político e diversos eixos temáticos que dividem grupos de estudos compostos por dirigentes sindicais. Aliado a isso, diversas palestras com militantes históricos e representantes da classe trabalhadora. Assim é um grande congresso que debate o sindicalismo e foi o que aconteceu no fim do mês de junho, quando a Nova Central Sindical promoveu mais um Congresso Nacional, que acontece de quatro em quatro anos, em Luziânia, Goiás.
“O evento é de uma grandiosidade tamanha, que, assim que acaba, é impossível não sentir falta. São pessoas de vários (quase todos) os estados brasileiros debatendo sobre os rumos do país, as frentes de luta, problemas relacionados ao trabalhador e à sociedade em geral”, explica Sérgio Domingos, vice-presidente do Sindimovec. Ele, ao lado de Rosimari Cunico, representou o sindicato dos metalúrgicos de Campo Largo no evento.
Sérgio explica que o sentimento, após voltar de um evento grandioso como foi o Congresso da NCST, é de ter conseguido adquirir informação, conhecimento, ouvir relatos de outras regiões, compartilhar vivência e apontar alternativas para os rumos da militância e também do país. O dirigente usa da filosofia budista para fazer uma referência à atividade sindical: “como diria aquela frase de Buda, “quando duas pessoas trocam seus pães, cada uma volta com um pão. Quando trocam ideias, voltam com duas ideias””.
Eixos
Nos três dias de congresso vários temas foram debatidos. Sérgio explica que este ano as reformas trabalhista e previdenciária estavam em evidência. “Até porque, mesmo o atual governo federal creditando às reformas a possível salvação do Brasil da crise, nós que estamos inseridos no mundo do trabalho, não acreditamos”, enfatiza o vice-presidente do Sindimovec. Ele acrescenta ainda que ficou claro para todos os presentes no evento que há necessidade de se fazer reformas no Brasil, porém “o ônus de tudo isso não pode ser despejado nas costas dos mais pobres e mais necessitados”. Uma das alternativas estudadas e debatidas no 4º Congresso Nacional da Nova Central trata da reforma tributária como sendo prioridade.
Conclusão
Para Sérgio Domingos, a Nova Central Sindical acertou mais uma vez nas temáticas dos eixos de debates e todas as discussões aconteceram de forma simples e assertivas, com todos os sindicatos presentes se preparando para os desafios do cotidiano. A satisfação ao retornar com forças renovadas ao dia a dia em Campo Largo pode ser resumida no seguinte depoimento:
“Parabenizo o presidente da NCST Nacional, Sr. José Calixto dos Santos, e o presidente da NCST PR, Sr. Denílson Pestana da Costa, assim como os demais presidentes de outros estados por esse Congresso. Para quem está de fora, isso pode significar pouco. Para nós que estamos inseridos no mundo do trabalho, isso tem uma relevância imensa. Espero poder participar de outros que ainda virão. Confesso que depois de todo esse debate me sinto mais novo, com as forças renovadas para a luta que sabemos estar acontecendo, e quem em breve outras virão” – Sérgio Domingos.
Por Regis Luís Cardoso.